EFEITO DE INANIÇÃO NOS PRIMEIROS ESTÁDIOS LARVAIS DOS CAMARÕES DE ÁGUA DOCEMacrobrachium acanthurus E Macrobrachium olfersii (CRUSTACEA: DECAPODA: PALAEMONIDAE), EM LABORATÓRIO

Eduardo Vianna de Almeida, Rafael Vargas Guimarães, Markus Sandino Pereira Rocha Caldeira, Leonardo Castro Azevedo, Sergio Luiz Costa Bonecker

Resumo


A maioria dos crustáceos decápodes, incluindo os camarões Macrobrachium acanthurus e Macrobrachium olfersii, têm fase larval planctônica no início da vida. As larvas enfrentam diversos estresses ambientais, sendo um dos principais a obtenção de alimentos. A inanição, ou privação de alimentos, pode gerar atrasos no desenvolvimento e incremento da mortalidade larval. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos de períodos iniciais de inanição no desenvolvimento larval dos camarões M. acanthurus e M. olfersii. Fêmeas ovígeras foram coletadas no Rio Sahy, Mangaratiba (RJ, Brasil), sendo mantidas em temperatura constante de 25,0 ± 0,5°C. Após a eclosão, as larvas de cada espécie foram submetidas a diferentes tratamentos, sendo: 1. Alimentação diária desde o nascimento, 2. Inanição permanente e 3. Inanição inicial de três a 10 dias, seguida de alimentação diária. As larvas de ambas as espécies chegaram ao estádio zoé II, mesmo sem alimentação. A ausência de alimentação não afetou a duração da zoé I de M. acanthurus, mas aumentou em um ou dois dias a duração deste estádio em M. olfersii. Esses fatos indicaram que as zoé I de ambas as espécies são lecitotróficas e que planctotofia facultativa pode influenciar a duração deste estádio em M. olfersii. As larvas de M. olfersii apresentaram maior sobrevivência e resistência, sendo o PNR50 acima de oito dias em inanição inicial. No entanto, essas larvas apresentaram desenvolvimento mais lento. Nas larvas de M. acanthurus o PNR50 ficou definido em seis dias de inanição inicial.

Palavras-chave


Caridea; Pitú; Larvas de Decapoda; Alimentação larval; PNR50.

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