USO DE CONTROLE BIOLÓGICO PARA A FAUNA ACOMPANHANTE NO CULTIVO DA VIEIRA NODIPECTEN NODOSUS (LINNAEUS, 1758)
Resumo
O cultivo de vieiras Nodipecten nodosus no litoral sul fluminense projeta a malacocultura do estado do Rio de Janeiro à terceira posição em volume de produção e segunda em valor gerado. É atividade importante tanto socioecomonicamente, gerando renda e emprego, quanto culturalmente ao ajudar a preservar a cultura tradicional caiçara. Influencia positivamente a biodiversidade ao fornecer substrato de fixação, abrigo e alimento para a biota marinha. No entanto a fixação de organismos da fauna acompanhante (fouling) nas estruturas de cultivo pode gerar desgaste e influenciar negativamente o desenvolvimento da vieira. O ouriço Echinometra lucunter, preferencialmente herbívoro, consome a comunidade de algas filamentosas essencial ao assentamento de larvas de organismos bentônicos. Dessa forma seu uso como controle biológico atua evitando o estabelecimento de larvas do fouling, mantendo as lanternas internamente limpas garantindo assim um melhor fluxo de água e alimento para as vieiras. Além disso, diversos organismos que compõe a fauna acompanhante também são filtradores e potenciais competidores por alimento com as vieiras. O uso de controle biológico para a remoção da fauna acompanhante no cultivo de vieiras atua para minimizar a geração de resíduos orgânicos, prolongar a vida útil das estruturas, reduzir o tempo de manejo e pode ser vantajoso em relação à mão de obra. É alternativa de manejo sustentável que pode contribuir ao fomento da malacocultura na região.
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