ESTUDO DE DIFERENTES CONDIÇÕES DE MERCERIZAÇÃO DAS FIBRAS DA SEMENTE DE AÇAI (Euterpe oleracea)

Luciana de Almeida Fraga, Maria Inês Bruno Tavares

Resumo


As fibras da semente de açaí foram oriundas do subproduto da obtenção da polpa do açaí, na região amazônica do Médio Solimões. Depois de lavadas e secas ao ar livre, as fibras foram tratadas com NaOH à 10, 20 e 30%, numa temperatura de 50º C, durante 3 horas. A fibra in natura e mercerizada foram analisadas por: difração de raios X (DRX), tempo de relaxação spin-rede do núcleo de hidrogênio (com constante de tempo - T1H) e termicamente por análise termogravimétrica (TGA) e análise térmica diferencial (DTA). Por meio das análises constata-se que a fibra in natura é constituída e uma fração cristalina de celulose e uma fração amorfa de lignina e hemicelulose, dentre ou componentes minoritários, como água, açúcares e terpenos. A fração amorfa é totalmente extraída quando se utiliza NaOH 20%. Quando se procede a mercerização a 30%, verifica-se formação de celulose tipo II. Com relação à análise térmica, a fibra in natura mostra uma degradação em duas fases; a primeira referente à degradação da hemicelulose e a segunda referente à degradação de lignina e total degradação da celulose. Quando a fibra mercerizada é analisada, observa-se apenas uma etapa de degradação, devido à remoção de lignina e hemicelulse. É importante notar que não há uma diferença significativa tanto na temperatura quanto na porcentagem de massa degradada, para o tratamento das fibras em diferentes porcentagens de NaOH, mostrando a estabilidade térmica do material se mantém mesmo quando o tratamento alcalino é mais severo.


Palavras-chave


Açaí; Fibras; RMN

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