TOXIDEZ DO AL EM PLÂNTULAS DE ANGICO VERMELHO (Anadenathera macrocarpa (Benth) Brenan) e PATA-DE-VACA (Bauhinia variegata L.)

Resumo

As espécies florestais a cada dia adquirem mais importância na sociedade, não só por serem fonte de matéria prima, mas também pelo seu papel na amenização do efeito estufa e conforto térmico urbano. Comparando com espécies de maior valor econômico, as informações sobre o efeito do alumínio (Al) nestas plantas são escassas. Os parâmetros comprimento radicular, taxa de crescimento radicular (TCR) e elongação radicular relativa (ERR%), normalmente utilizados em estudos de toxicidade de Al em culturas anuais, foram usados para verificar a toxidez de Al nas espécies florestais Angico Vermelho (Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan) e Pata-de-Vaca (Bauhinia variegata L.). Os experimentos foram realizados em soluções nutritivas simples contendo apenas cálcio (0,1 mM) e em uma solução completa, de baixa força iônica e balanceada, com as sementes germinadas em areia sendo as plântulas posteriormente transferidas para as soluções por 8 a 18 dias, com concentrações de Al de 50 a 800 µM de Al. Os resultados indicaram que os parâmetros testados podem ser usados para estudar toxicidade de Al nestas espécies. O nível crítico de toxidez de Al no comprimento radicular foi obtido na solução completa como sendo de 2058 µM e 687,37 µM de Al, respectivamente para as espécies A. macrocarpa e B. variegata. Utilizando TCR só foi possível obter o nível crítico de toxidez para a espécie B. variegata como sendo de 388,72 µM de Al. A espécie A. macrocarpa foi mais tolerante do que a B. variegata, nas condições testadas. Os efeitos da toxidez de Al foram notados pela ERR% em todas as soluções testadas. Os dados sugeriram que em estudo de toxidez de Al deveria ser usada a solução nutritiva completa e balanceada para A. macrocarpa e B. variegata.