TIJOLO ECOLÓGICO CONFECCIONADO COM CÉDULAS DE DINHEIRO SEM VALOR

Resumo

O aumento da produção mundial causa impactos negativos no meio ambiente. Como grande consumidor de recursos naturais e energéticos, o setor da construção civil no Brasil dispertou para a sustentabilidade, impulsionado pela Lei 12.305, de Resíduos Sólidos, contribuindo assim para a diversificação de produtos. A confecção de blocos modulares, ou tijolos ecológicos, utilizando resíduos vem de encontro a esta proposta, ao serem compactados em prensa hidráulica eliminam a queima, diferenciando-se do tijolo tradicional. Apresentam maior uniformidade, quando comparados aos tijolos tradicionais. Seu design moderno, tipo modular, reduz tempo e valor de mão de obra, cerca de 30% de economia no custo final da construção. Este trabalho apresenta o desenvolvimento da confecção do tijolo que, além de solo, cimento e água, utilizam-se cédulas sem valor monetário, fornecidas pelo Banco Central do Brasil, como substituto do solo até 25%. O Banco Central do Brasil é a instituição responsável pelo saneamento do meio circulante, mantendo as cédulas em boas condições de uso em todo o território nacional, recolhendo-as, fragmentando-as e descartando em aterro sanitário. Após moldagem e período de cura, os tijolos são submetidos aos ensaios de compressão, sendo avaliados quanto à resistência. Todos os resultados estão acima de 1,7 MPa, conforme recomendado pela norma NBR10834, demonstrando que a adição das cédulas contribui para o aumento da resistência mecânica do tijolo, além de possibilitar novo destino para os resíduos em questão, preservando o meio ambiente e diminuindo o passivo ambiental de sua disposição final em aterro sanitário.