VIDA E POESIA NO QUARTO DE DESPEJO: DIÁRIO DE UMA FAVELADA

Cyana Maria Leahy-Dios

Resumo


O artigo aborda a trajetória de Carolina Maria de Jesus, no sentido de refletir sobre a importância da primeira “favelada e escritora” reconhecida no Brasil. Em Quarto de despejo: Diário de uma favelada, Carolina projeta-se como sujeito de um gênero literário e social, apropriando-se do ato de autorrepresentação pela palavra escrita. A contribuição de Carolina Maria de Jesus na forma de conceber valor peculiar ao texto, ao modo como escrevemos e como lemos é inegável. Se a leitura e a escrita enquanto atos políticos se marcam em qualquer texto, em Quarto de Despejo: Diário de uma favelada, comparece o sujeito à margem, o “favelado”, o habitante da periferia. Carolina inaugura essa Literatura marginal e se inscreve na Literatura brasileira como um elemento que lhe dá complexidade. Sobre a sociedade que vive o mito da democracia racial dos anos 60, no Brasil, emerge uma escritora fora dos “padrões” que nos força a transformar o modo como concebemos a criação literária.

Palavras-chave


Educação; Leitura; Favela.

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