ANÁLISE QUALI-QUANTITATIVA DA MOBILIDADE DA ARTICULAÇÃO SACROILÍACA EM INDIVÍDUOS HÍGIDOS

Julio Guilherme Silva

Resumo


Os testes de mobilidade sacroilíaca são amplamente utilizadosna prática clínica dos fisioterapeutas. Entretanto, os achadosoriundos da aplicação convencional dos testes não são confiáveissob o ponto de vista científico. Até o presente momento imperaa ausência de uma ferramenta capaz de quantificar e fornecerinformações confiáveis a respeito da mobilidade sacroilíaca,sobretudo em indivíduos assintomáticos com pequeno grau deacometimento. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar amobilidade da articulação sacroilíaca por meio da cinemetria everificar a validade da cinemetria como ferramenta de mensuraçãodo movimento da articulação sacroilíaca, durante o movimento deflexão da coxa em posição ortostática. Neste estudo transversalforam avaliados 24 sujeitos do sexo masculino hígidos, entre 18 a35 anos, com um índice de massa corporal (IMC) entre 18,6 – 24,9(inserir a unidade de medida). Por meio de marcadores colocadosem pontos anatômicos da região sacroilíaca e quadril, os sujeitosforam submetidos ao teste de Gillet para verificar a mobilidade ea validade das medidas da distância de deslocamento da espinhailíaca póstero-superior. Como instrumento foi utilizado o QualysisMotion Analysis para análise do movimento. A investigação damobilidade aconteceu por meio de 3 blocos e foram computadasas médias de cada bloco. Os dados foram analisados pelo índicede correlação de Pearson para verificar a validade das medidasobtidas pela cinemetria, com um nível de significância de 99%(p=0,01). Os resultados apontaram de moderada a forte correlaçãoentre os blocos. Na articulação sacroilíaca direita, entre Bloco 1 e2 (x=0,853 p=0,001); bloco 1 e 3 (x=0,624 e p=0,001); bloco 2 e 3(x=0,881 e p=0,0012). Na articulação sacroilíaca esquerda, Bloco 1e 2 (x=0,731 p=0,001); bloco1 e 3 (x=778 e p=0,0013); bloco 2 e 3(x=0,835 e p=0,0011). Com esses resultados, o estudo aponta parauma possibilidade da utilização da cinemetria para confirmação doteste de Gillet na prática fisioterapêutica. Além disso, a videometriaé válida para investigar a mobilidade da ASI. Entretanto necessitasede novos estudos, especialmente a aplicação deste métodoem sujeitos com disfunção de ASI, para consolidar uma possívelutilização da videometria como processo de avaliação da ASI.

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