AVALIAÇÃO DA MASSA MAGRA E FORÇA DE EXTENSÃO DE JOELHO EM IDOSOS
Resumo
O processo de envelhecimento provoca modificaçõesquantitativas e qualitativas na composição corporal como, porexemplo, aumento do percentual de gordura e diminuição demassa muscular, que influenciam diretamente no desempenhomuscular. O objetivo deste trabalho é verificar a correlação entremassa magra e força isométrica de extensão do joelho em idosos,considerando idade, sexo e comprimento do membro inferiorcomo variáveis de confundimento. Materiais e Métodos: Foramselecionados idosos voluntários ≥ 65 anos, acompanhantes depacientes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ)e de postos de assistência médica primária (PAM); participantesda Universidade Aberta à Terceira Idade (UNISUAM) e de projetosrelacionados à terceira idade no estado do Rio de Janeiro. Foramexcluídos aqueles com implantes metálicos no corpo e comdisfunções musculoesqueléticas que não permitissem a realizaçãoda tarefa motora solicitada. A composição corporal foi avaliada pormeio da impedância bioelétrica tetrapolar (BIA), com o analisadorBIA 310e (Biodynamics). Os valores de resistência e reatânciaforam inseridos em uma fórmula específica para idosos (Kyle etal., 2001) para o cálculo da massa magra. A força de extensãodo joelho do membro dominante foi verificada solicitando-se aoparticipante da pesquisa para realizar três contrações isométricasvoluntárias máximas (CIVM). Foi estimulada a manutenção dacontração por cinco segundos, com intervalos de 30 segundos,contra um dinamômetro de tração fixado atrás do assento no qualo participante se posicionava, e o maior valor foi considerado paraa análise. Para a aquisição e processamento do dado foi utilizadoo programa SuiteMYO (PhD² Consultoria e Sistemas Ltda). Ocomprimento do membro inferior (CMI) foi medido entre a espinhailíaca ântero superior e o bordo inferior do maléolo tibial (BRACCOet al., 1996). Os dados foram testados quanto a sua distribuição,e como todas as variáveis obedeciam a uma distribuição normal,abordagens paramétricas foram utilizadas. Para verificar acorrelação entre a massa magra e a força foi utilizado o coeficientede correlação de Pearson, controlado pela idade e pelo CMI. Ainfluência do sexo nas variáveis avaliadas foi verificada pelo testet para amostras independentes. Todas as análises foram feitas noprograma SPSS (versão 13.0), considerando como significativo p< 0,05. Resultados: Até o presente momento foram avaliados 46idosos (71,3 ± 5,1 anos), tendo os homens (n=16) maiores valoresde massa magra (54,3 ± 7,2 vs. 39,2 ± 5,3 kg), CIVM (33,4 ± 12,0 vs.23,5 ± 6,2 kgf) e CMI (87,3 ± 4,4 vs. 80,0 ± 4,0 cm) que as mulheres(n=30). Antes de controlar pelas covariáveis, houve correlaçãosignificativa para as idosas entre massa magra e idade (r = -0,58) eCMI (r = 0,43). Para os idosos, houve correlação entre massa magrae CIVM (r = 0,66) e CMI (r = 0,54). Após controlar pela idade e pelo CMI, as mulheres continuaram não apresentando correlação entremassa magra e CIVM, mas os homens mantiveram tal correlação(r = 0,54). Conclusão: Os resultados preliminares demonstramque a massa magra em idosos do sexo masculino influencia odesempenho muscular de membros inferiores, comportamentonão observado nas idosas avaliadas.
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ISSN: 2317-5028
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