AVALIAÇÃO DA MASSA MAGRA E FORÇA DE EXTENSÃO DE JOELHO EM IDOSOS

Jeter Pereira de Freitas, Delson de Almeida Guimarães Junior, Richardson Santos de Oliveira, Wagner Teixeira dos Santos, Míriam Raquel Meira Mainenti, Patrícia dos Santos Vigário, Dhiañah Santini de Oliveira Chachamovitz, Patrícia de Fátima Santos Teixeira, Mario Vaisman

Resumo


O processo de envelhecimento provoca modificaçõesquantitativas e qualitativas na composição corporal como, porexemplo, aumento do percentual de gordura e diminuição demassa muscular, que influenciam diretamente no desempenhomuscular. O objetivo deste trabalho é verificar a correlação entremassa magra e força isométrica de extensão do joelho em idosos,considerando idade, sexo e comprimento do membro inferiorcomo variáveis de confundimento. Materiais e Métodos: Foramselecionados idosos voluntários ≥ 65 anos, acompanhantes depacientes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ)e de postos de assistência médica primária (PAM); participantesda Universidade Aberta à Terceira Idade (UNISUAM) e de projetosrelacionados à terceira idade no estado do Rio de Janeiro. Foramexcluídos aqueles com implantes metálicos no corpo e comdisfunções musculoesqueléticas que não permitissem a realizaçãoda tarefa motora solicitada. A composição corporal foi avaliada pormeio da impedância bioelétrica tetrapolar (BIA), com o analisadorBIA 310e (Biodynamics). Os valores de resistência e reatânciaforam inseridos em uma fórmula específica para idosos (Kyle etal., 2001) para o cálculo da massa magra. A força de extensãodo joelho do membro dominante foi verificada solicitando-se aoparticipante da pesquisa para realizar três contrações isométricasvoluntárias máximas (CIVM). Foi estimulada a manutenção dacontração por cinco segundos, com intervalos de 30 segundos,contra um dinamômetro de tração fixado atrás do assento no qualo participante se posicionava, e o maior valor foi considerado paraa análise. Para a aquisição e processamento do dado foi utilizadoo programa SuiteMYO (PhD² Consultoria e Sistemas Ltda). Ocomprimento do membro inferior (CMI) foi medido entre a espinhailíaca ântero superior e o bordo inferior do maléolo tibial (BRACCOet al., 1996). Os dados foram testados quanto a sua distribuição,e como todas as variáveis obedeciam a uma distribuição normal,abordagens paramétricas foram utilizadas. Para verificar acorrelação entre a massa magra e a força foi utilizado o coeficientede correlação de Pearson, controlado pela idade e pelo CMI. Ainfluência do sexo nas variáveis avaliadas foi verificada pelo testet para amostras independentes. Todas as análises foram feitas noprograma SPSS (versão 13.0), considerando como significativo p< 0,05. Resultados: Até o presente momento foram avaliados 46idosos (71,3 ± 5,1 anos), tendo os homens (n=16) maiores valoresde massa magra (54,3 ± 7,2 vs. 39,2 ± 5,3 kg), CIVM (33,4 ± 12,0 vs.23,5 ± 6,2 kgf) e CMI (87,3 ± 4,4 vs. 80,0 ± 4,0 cm) que as mulheres(n=30). Antes de controlar pelas covariáveis, houve correlaçãosignificativa para as idosas entre massa magra e idade (r = -0,58) eCMI (r = 0,43). Para os idosos, houve correlação entre massa magrae CIVM (r = 0,66) e CMI (r = 0,54). Após controlar pela idade e pelo CMI, as mulheres continuaram não apresentando correlação entremassa magra e CIVM, mas os homens mantiveram tal correlação(r = 0,54). Conclusão: Os resultados preliminares demonstramque a massa magra em idosos do sexo masculino influencia odesempenho muscular de membros inferiores, comportamentonão observado nas idosas avaliadas.

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ISSN: 2317-5028

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