ADAPTAÇÃO À REALIDADE BRASILEIRA DE UM PROTOCOLO PARA EVITAR QUEDAS EM PACIENTES COM ATAXIA ESPINOCEREBELAR

Débora Cristina Lima da Silva, Camilla Polonini Martins, Carlos Henrique Horsczaruk, Érika de Carvalho Rodrigues, Luiz Felipe Rocha Vasconcellos, Laura Alice Santos de Oliveira

Resumo


As ataxias espinocerebelares autossômicas dominantes sãoum grupo de doenças raras e neurodegenerativas, que cursamcom alteração cerebelar progressiva. As queixas mais comunsdos portadores de ataxias estão relacionadas às dificuldades dedeambular. Em um ano, a maioria desses pacientes sofre pelomenos uma queda. A ataxia e o medo de cair podem acarretarlimitações das atividades e restrições da participação. Muitasintervenções propostas em revistas internacionais são longas eintensas, geralmente aplicadas em pacientes internados. Porém, no Brasil, é comum um menor número de sessões com menorduração. O objetivo deste estudo é investigar se o risco de quedasem portadores de ataxia espinocerebelar pode ser diminuídopela aplicação de uma versão adaptada à realidade brasileira deum protocolo eficaz para a melhora funcional de atáxicos. Seisportadores de ataxias espinocerebelares (pela raridade dessapatologia) participaram deste estudo, que incluía o treinamentodo equilíbrio dinâmico, da coordenação tronco-membros etreinamento para evitar quedas, durante 8 a 10 semanas, 2 vezespor semana, por 45 minutos. A escala de Berg, preditora do riscode quedas, foi aplicada antes e depois do tratamento. O risco decair, antes entre 15 e 100%, diminuiu para todos os pacientes paravalores entre 10 e 88% após o treinamento. Essa diminuição foisignificativa por meio do teste de Wilcoxon, (p=0.04). O protocoloadaptado para a realidade brasileira, com menor duração efrequência, foi eficaz para diminuir o risco de queda. Uma segundaetapa do estudo incluindo um maior número de pacientes e grupocontrole será realizada.

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ISSN: 2317-5028

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