ADAPTAÇÃO À REALIDADE BRASILEIRA DE UM PROTOCOLO PARA EVITAR QUEDAS EM PACIENTES COM ATAXIA ESPINOCEREBELAR
Resumo
As ataxias espinocerebelares autossômicas dominantes sãoum grupo de doenças raras e neurodegenerativas, que cursamcom alteração cerebelar progressiva. As queixas mais comunsdos portadores de ataxias estão relacionadas às dificuldades dedeambular. Em um ano, a maioria desses pacientes sofre pelomenos uma queda. A ataxia e o medo de cair podem acarretarlimitações das atividades e restrições da participação. Muitasintervenções propostas em revistas internacionais são longas eintensas, geralmente aplicadas em pacientes internados. Porém, no Brasil, é comum um menor número de sessões com menorduração. O objetivo deste estudo é investigar se o risco de quedasem portadores de ataxia espinocerebelar pode ser diminuídopela aplicação de uma versão adaptada à realidade brasileira deum protocolo eficaz para a melhora funcional de atáxicos. Seisportadores de ataxias espinocerebelares (pela raridade dessapatologia) participaram deste estudo, que incluía o treinamentodo equilíbrio dinâmico, da coordenação tronco-membros etreinamento para evitar quedas, durante 8 a 10 semanas, 2 vezespor semana, por 45 minutos. A escala de Berg, preditora do riscode quedas, foi aplicada antes e depois do tratamento. O risco decair, antes entre 15 e 100%, diminuiu para todos os pacientes paravalores entre 10 e 88% após o treinamento. Essa diminuição foisignificativa por meio do teste de Wilcoxon, (p=0.04). O protocoloadaptado para a realidade brasileira, com menor duração efrequência, foi eficaz para diminuir o risco de queda. Uma segundaetapa do estudo incluindo um maior número de pacientes e grupocontrole será realizada.
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ISSN: 2317-5028
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