COLONIZAÇÃO AFRICANA SIM, TRÁFICO DE ESCRAVOS NÃO: O DEBATE NOS JORNAIS DO RIO DE JANEIRO, 1850 a 1860

Alessandro Mendonça dos Reis

Resumo


Este presente trabalho faz parte da minha dissertação de Mestrado onde pretendo analisar os debates nos jornais periódicos da cidade do Rio de Janeiro em torno da discussão de uma possível colonização africana. O debate se intensifica a medida que o projeto de colonização europeia é implementando pelo Estado imperial em parceria com a Associação Central de Colonização. O jornal O Paiz em 1860, principalmente, tratava o assunto colonização africana como prioridade, tendo inclusive uma coluna sobre este, pois acreditava e tentava justificar que para suprir a falta de braços nas lavouras brasileiras, somente os africanos estavam aptos para o trabalho pesado da agricultura, o colono europeu não daria conta. Segundo o jornal, proibir o tráfico de escravos provocou a diminuição da mão de obra africana a partir de 1850. A colonização africana era vista como uma possível volta do tráfico de escravos, principalmente pela Inglaterra, e sua Lei Aberdeen aparece com frequência nas páginas dos jornais a favor e contra este processo. O tráfico de escravos então se tornou a grande justificativa para a não introdução de trabalhadores vindos da África, mesmo livres como colonos, temia-se que se isso ocorresse seria a grande oportunidade da volta do já extinto tráfico.


Palavras-chave


Colonização africana/europeia; jornais/periódicos; tráfico de escravos

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Rev. Augustus - ISSN 1981-1896

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