Proposta de Protocolo para Sistematização da Assistência de Enfermagem na Sala de Curativos em um Centro Municipal de Saúde localizado no Rio de Janeiro

Flavia Morone Pinto, Natália da Silva Corrêa, Norielle Macedo Alves, Ellen Guimarães da Boa Hora

Resumo


Com base nos paradigmas de humanização do Ministério da Saúde e questionando as rotinas que são utilizadas na sala de curativos de um Centro Municipal de Saúde e o tratamento dado aos clientes, iniciou-se o presente estudo, com o objetivo de discutir as rotinas a serem implementadas na sala de curativos para sistematizar a assistência e facilitar o acesso às informações para tomada de decisão junto a Unidade de Saúde. O tratamento do portador de ferida é dinâmico e deve acompanhar a evolução científica e tecnológica. Com a utilização de um manual pelos profissionais da rede básica, preenchem-se algumas lacunas em relação à abordagem do usuário, à indicação do tratamento para o mesmo, à dificuldade de organizar e sistematizar a assistência prestada ao paciente portador de ferida. Desta forma, a criação de um protocolo visa instrumentalizar as ações dos profissionais e sistematizar a assistência a ser prestada ao portador de ferida, além fornecer subsídios para implementação deste tratamento. Trata-se de um relato de experiência a partir de uma pesquisa de natureza descritiva, realizada em um Centro Municipal de Saúde no município do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados a partir de observação sistemática na sala de curativos, no ano de 2010. Foram investigados os seguintes processos: Padronização dos insumos necessários, ficha de cadastro dos clientes atendidos, fluxograma de rotinas/atendimentos, ficha de avaliação das feridas, ficha de evolução e livro de controle e dispensação de materiais. Ao observar a sala de curativo foi evidenciado ambiente com espaço físico relativamente pequeno, onde uma pequena área era destinada ao posicionamento do cliente, para realização do procedimento. Foi possível identificar a ausência de um banco de dados para cadastro e acompanhamento dos clientes, não havendo então determinação do perfil da clientela, presença ou não de doença de base, fatores de risco, demanda de pacientes atendidos, especificação das características da lesão quanto à localização, leito e borda. A ficha de avaliação e evolução foi criada a partir de um modelo utilizado pela SMS de Florianópolis, na qual constam os dados de identificação do cliente, seguido dos dados epidemiológicos. Fez-se necessário um esquema anatômico para localização da lesão e as características observadas na ferida importantes para a definição do tratamento. A forma de check-list foi escolhida por dinamizar o atendimento, facilitando assim a adesão e prática da mesma no cotidiano dos profissionais do setor. Estabeleceu-se também um fluxograma de atendimento para uma melhor visualização de todo processo e do funcionamento da unidade. Acredita-se que com a sistematização dessas rotinas será possível otimizar o tempo dos profissionais de enfermagem, reduzir os custos em relação ao tratamento de feridas e garantir ao usuário a adesão e continuidade ao tratamento de feridas.


Palavras-chave


Sistematização da Assistência de Enfermagem; SAE; Enfermagem; Curativos; Feridas; Atenção Básica.

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Rev. Augustus - ISSN 1981-1896

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