EVENTOS CIENTÍFICOS, 10º Semana de Pesquisa Extensão e Pós-Graduação

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Atividade física e funcionalidade em mulheres submetidas a tratamento cirúrgico para o câncer de mama após 10 anos de seguimento
Flávia Costa, Bruna Silva, Thaiana Galvão, Jessica Lourenço, Ana Carolina Pereira, Anke Bergmann

Última alteração: 2013-09-04

Resumo


Introdução: O câncer de mama é considerado um problema de saúde pública. As mulheres submetidas ao tratamento oncológico podem evoluir com diversas complicações que afetam a funcionalidade do membro superior. A prática de atividade física demonstrou beneficiar a funcionalidade de mulheres com câncer de mama. Objetivo: Determinar a prevalência da prática de atividade física e funcionalidade em mulheres submetidas a tratamento cirúrgico para o câncer de mama após 10 anos de seguimento. Métodos: Estudo seccional, dentro de uma coorte hospitalar de mulheres submetidas a linfadenectomia axilar para tratamento cirúrgico para o câncer de mama. As pacientes incluídas na coorte que se encontravam vivas, sem relato em prontuário de evolução de doença e sem relato em prontuário de diagnóstico prévio de linfedema no membro superior homolateral à cirurgia foram convidadas a realização da avaliação de 10 anos. Durante a avaliação, as pacientes foram submetidas a exame físico e entrevista. A funcionalidade foi estimada através do questionário “Disabilities of the arm and shoulder” (DASH) e a atividade física através do questionário Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Para análise dos dados, foi conduzida uma análise descritiva da população. Resultados: Foram incluídas 197 mulheres com média de idade de 63 anos (DP±10,51) e índice de massa corporal médio de 27,4 (DP±4,67). Ao exame físico foram observadas as seguintes complicações: parestesia no trajeto do nervo intercostobraquial (69,9%), comprometimento na amplitude de movimento da articulação do ombro para flexão (5,7%) e abdução (6,2%) e queixas álgicas no membro superior afetado (28,6%). Foi observado um escore médio no DASH de 13,42 (DP±15,73) e através do IPAQ, 21,1% foram classificadas como baixa frequência de atividade física, 29,7%, como frequência moderada e 49,2% como alta frequência. Conclusão: As mulheres avaliadas apresentaram alta prevalência de prática de atividade física relacionada as atividades domésticas e boa funcionalidade nas atividades de membros superiores.