EVENTOS CIENTÍFICOS, 10º Semana de Pesquisa Extensão e Pós-Graduação

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Capacidade Funcional e Qualidade de Vida de Pacientes com Acromegalia
Gisele do Nascimento Vellasco, Agnaldo José Lopes, Débora Pedroza Guedes da Silva, Cristina Márcia Dias, Fernando Silva Guimarães

Última alteração: 2013-09-03

Resumo


Introdução: A acromegalia é uma doença sistêmica crônica decorrente da produção excessiva do hormônio do crescimento (GH) e do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1). Apesar das alterações hormonais estarem associadas a comprometimentos cardiorrespiratórios e musculoesqueléticos, poucos estudos avaliaram a capacidade funcional de pacientes com acromegalia. Este estudo comparou os acromegálicos com doença ativa versus doença controlada em relação à força muscular periférica, composição corporal, capacidade funcional e qualidade de vida. Também foram avaliadas as correlações entre estas medidas. Métodos: Quatorze pacientes com doença ativa, 12 pacientes com doença controlada e 12 sujeitos do grupo controle submeteram à dinamometria isométrica, eletromiografia de superfície, bioimpedância elétrica e teste da caminhada dos seis minutos. Todos os sujeitos também responderam ao Acromegaly Quality of Life Questionnaire. Resultados: O grupo com doença ativa apresentou aumento significativo da massa magra em comparação com o grupo controle (p=0,04). Em relação à performance muscular periférica, o grupo com doença controlada apresentou redução significativa da variável median frequency em comparação ao grupo controle (p=0.001). A força máxima do quadríceps foi significativamente menor no grupo com doença controlada em comparação com o grupo controle (p=0,002). Houve correlação significante entre a massa magra e a força máxima de quadríceps (r=0,64; p<0,001). Houve também correlação significante entre o escore global do Acromegaly Quality of Life Questionnaire e o teste da caminhada dos seis minutos (r=0,51; p=0,009). Conclusão: Pacientes acromegálicos apresentam maior massa magra, menor força muscular periférica e maior fatigabilidade, sendo estes achados dependentes do controle hormonal ou não da doença. Além do mais, há relação entre a força muscular periférica e a composição corporal e também entre a capacidade funcional e a qualidade de vida desses pacientes.