EVENTOS CIENTÍFICOS, 10º Semana de Pesquisa Extensão e Pós-Graduação

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AVALIAÇÃO DA MASSAMAGRA E FORÇA DE EXTENSÃO DE JOELHO EM IDOSOS
Jeter Pereira de Freitas, Delson de Almeida Guimarães Junior, Richardson Santos de Oliveira, Wagner Teixeira dos Santos, Míriam Raquel Meira Mainenti, Patrícia dos Santos Vigário, Dhiañah Santini de Oliveira Chachamovitz, Patrícia de Fátima Santos Teixeira, Mario Vaisman

Última alteração: 2013-09-03

Resumo


Introdução: o processo de envelhecimento provoca modificações quantitativas e qualitativas na composição corporal como, por exemplo, aumento do percentual de gordura e diminuição de massa muscular, que influencia diretamente no desempenho muscular. Objetivo: verificar a correlação entre massa magra e força isométrica de extensão do joelho em idosos, considerando idade, sexo e comprimento do membro inferior como variáveis de confundimento. Materiais e Métodos: Foram selecionados idosos voluntários ≥ 65 anos, acompanhantes de pacientes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ) e de postos de assistência médica primária (PAM); participantes da Universidade Aberta à TerceiraIdade (UNISUAM) e de projetos relacionados à terceira idade no estado (RJ). Foram excluídos aqueles com implantes metálicos no corpo e com disfunções musculoesqueléticas que não permitissem a realização da tarefa motora solicitada. A composição corporal foi avaliada através da impedância bioelétrica tetrapolar (BIA), com o analisador BIA 310e (Biodynamics). Osvalores de resistência e reatância foram inseridos em uma fórmula específicapara idosos (Kyle et al., 2001) parao cálculo da massa magra. A força de extensão do joelho do membro dominante foi verificada solicitando-se ao participante da pesquisa para realizar três contrações isométricas voluntárias máximas (CIVM). Foi estimulada a manutenção da contração por cinco segundos, com intervalos de 30 segundos, contra um dinamômetro de tração fixado atrás do assento no qual o participante se posicionava. O maior valor foi considerado para a análise. Para a aquisição e processamento do dado foi utilizado o programa SuiteMYO (PhD² Consultoria eSistemas Ltda). O comprimento do membro inferior (CMI) foi medido entre a espinhailíaca ântero superior e o bordo inferior do maléolo tibial (BRACCO et al., 1996). Os dados foram testados quanto a sua distribuição, e como todas as variáveis obedeciam a uma distribuição normal, abordagens paramétricas foram utilizadas. Para verificar acorrelação entre a massa magra e a força foi utilizado o coeficiente decorrelação de Pearson, controlado pela idade e pelo CMI. A influência do sexo nas variáveis avaliadas foi verificada pelo teste t para amostras independentes. Todas as análises foram feitas no programa SPSS (versão 13.0), considerando como significativo p < 0,05. Resultados: Até o presente momento foram avaliados 46 idosos (71,3 ± 5,1 anos), tendo os homens (n=16) maiores valores de massa magra (54,3 ± 7,2 vs.39,2 ± 5,3 kg), CIVM (33,4 ± 12,0 vs.23,5 ± 6,2 kgf) e CMI (87,3 ± 4,4 vs.80,0 ± 4,0 cm) que as mulheres (n=30). Antes de controlar pelas covariáveis, houve correlação significativa para as idosas entre massa magra e idade (r = -0,58) e CMI (r = 0,43). Para os idosos, houve correlação entre massa magra e CIVM (r =0,66) e CMI (r = 0,54). Após controlar pela idade e pelo CMI, as mulheres continuaram não apresentando correlação entre massa magra e CIVM, mas os homens mantiveram tal correlação (r = 0,54). Conclusão: Os resultados preliminares demonstram que a massa magra em idosos do sexo masculino influencia o desempenho muscular de membros inferiores, comportamento não observado nas idosas avaliadas.