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AVALIAÇÃO DA MASSAMAGRA E FORÇA DE EXTENSÃO DE JOELHO EM IDOSOS
Última alteração: 2013-09-03
Resumo
Introdução: o processo de envelhecimento provoca modificações quantitativas e qualitativas na composição corporal como, por exemplo, aumento do percentual de gordura e diminuição de massa muscular, que influencia diretamente no desempenho muscular. Objetivo: verificar a correlação entre massa magra e força isométrica de extensão do joelho em idosos, considerando idade, sexo e comprimento do membro inferior como variáveis de confundimento. Materiais e Métodos: Foram selecionados idosos voluntários ≥ 65 anos, acompanhantes de pacientes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (UFRJ) e de postos de assistência médica primária (PAM); participantes da Universidade Aberta à TerceiraIdade (UNISUAM) e de projetos relacionados à terceira idade no estado (RJ). Foram excluídos aqueles com implantes metálicos no corpo e com disfunções musculoesqueléticas que não permitissem a realização da tarefa motora solicitada. A composição corporal foi avaliada através da impedância bioelétrica tetrapolar (BIA), com o analisador BIA 310e (Biodynamics). Osvalores de resistência e reatância foram inseridos em uma fórmula específicapara idosos (Kyle et al., 2001) parao cálculo da massa magra. A força de extensão do joelho do membro dominante foi verificada solicitando-se ao participante da pesquisa para realizar três contrações isométricas voluntárias máximas (CIVM). Foi estimulada a manutenção da contração por cinco segundos, com intervalos de 30 segundos, contra um dinamômetro de tração fixado atrás do assento no qual o participante se posicionava. O maior valor foi considerado para a análise. Para a aquisição e processamento do dado foi utilizado o programa SuiteMYO (PhD² Consultoria eSistemas Ltda). O comprimento do membro inferior (CMI) foi medido entre a espinhailíaca ântero superior e o bordo inferior do maléolo tibial (BRACCO et al., 1996). Os dados foram testados quanto a sua distribuição, e como todas as variáveis obedeciam a uma distribuição normal, abordagens paramétricas foram utilizadas. Para verificar acorrelação entre a massa magra e a força foi utilizado o coeficiente decorrelação de Pearson, controlado pela idade e pelo CMI. A influência do sexo nas variáveis avaliadas foi verificada pelo teste t para amostras independentes. Todas as análises foram feitas no programa SPSS (versão 13.0), considerando como significativo p < 0,05. Resultados: Até o presente momento foram avaliados 46 idosos (71,3 ± 5,1 anos), tendo os homens (n=16) maiores valores de massa magra (54,3 ± 7,2 vs.39,2 ± 5,3 kg), CIVM (33,4 ± 12,0 vs.23,5 ± 6,2 kgf) e CMI (87,3 ± 4,4 vs.80,0 ± 4,0 cm) que as mulheres (n=30). Antes de controlar pelas covariáveis, houve correlação significativa para as idosas entre massa magra e idade (r = -0,58) e CMI (r = 0,43). Para os idosos, houve correlação entre massa magra e CIVM (r =0,66) e CMI (r = 0,54). Após controlar pela idade e pelo CMI, as mulheres continuaram não apresentando correlação entre massa magra e CIVM, mas os homens mantiveram tal correlação (r = 0,54). Conclusão: Os resultados preliminares demonstram que a massa magra em idosos do sexo masculino influencia o desempenho muscular de membros inferiores, comportamento não observado nas idosas avaliadas.