EVENTOS CIENTÍFICOS, 10º Semana de Pesquisa Extensão e Pós-Graduação

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Análise Quali-Quantitativa da Mobilidade da Articulação Sacroilíaca em Indivíduos Hígidos.
Julio Guilherme Silva

Última alteração: 2013-09-04

Resumo


Os testes de mobilidade sacroilíaca são amplamente utilizados na prática clínica dos fisioterapeutas. Entretanto, os achados oriundos da aplicação convencional dos testes não são confiáveis sob o ponto de vista científico. Até o presente momento impera a ausência de uma ferramenta capaz de quantificar e fornecer informações confiáveis a respeito da mobilidade sacroilíaca, sobretudo em indivíduos assintomáticos com pequeno grau de acometimento. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a mobilidade da articulação sacroilíaca através da cinemetria e; verificar a validade da cinemetria como ferramenta de mensuração do movimento da articulação sacroilíaca, durante o movimento de flexão da coxa em posição ortostática. Neste estudo transversal foram avaliados 24 sujeitos do sexo masculino hígidos, entre 18 a 35 anos com um índice de massa corporal (IMC) entre 18,6 – 24,9 (inserir a unidade de medida). Através de marcadores colocados em pontos anatômicos da região sacroiliaca e quadril, os sujeitos foram submetidos ao teste de Gillet para verificar a mobilidade e a validade das medidas da distância de deslocamento da espinha ilíaca póstero-superior. Como instrumento foi utilizado o Qualysis Motion Analysis para analise do movimento. A investigação da mobilidade aconteceu através de 3 blocos e foram computadas as médias de cada bloco. Os dados foram analisados através do índice de correlação de Pearson para verificar a validade das medidas obtidas pela cinemetria, com um nível de significância de 99% (p=0,01). Os resultados apontaram de moderada a forte correlação entre os blocos. No articulação sacroiliaca direito, entre Bloco 1 e 2 (x=0,853  p=0,001); bloco1 e 3 (x=0,624 e p=0,001); bloco 2 e 3 (x=0,881 e p=0,0012).  Na articulação sacroiliaca esquerda, Bloco 1 e 2 (x=0,731  p=0,001); bloco1 e 3 (x=778 e p=0,0013); bloco 2 e 3 (x=0,835 e p=0,0011). Com esses resultados, o estudo aponta para uma possibilidade da utilização da cinemetria para confirmação do teste de Gillet na prática fisioterapêutica. Além disso, a videometria é válida para investigar a mobilidade da ASI. Entretanto necessita-se de novos estudos, especialmente a aplicação deste método em sujeitos com disfunção de ASI para consolidar uma possível utilização da videometria como processo de avaliação da ASI.